Nova Serrana, MG

Marlon Darkness - Baixo e Voz
Adriano - Guitarras
Diego - Bateria

Deterion teve sua gênese em meados de 2006 ,sempre com a intenção de fazer um Death Metal Brutal, extremo e com temáticas que abordam e questionam o lado obscuro dos dogmas impostos pelo cristianismo entre outros , a formação definitiva se deu em 2009 sendo lançado o primeiro cd demo em 2011 intitulado "Empire Of Cross“ com 4 faixas, recebeu boas críticas da revista Roadie Crew , e atualmente a banda se prepara pra lançar o novo álbum em 2012 mais brutal e mais tecnicamente melhorado e aguarda contatos de possíveis selos e gravadoras interessados em nosso trabalho, contatos para shows e interessados,

Pelo msn :

marlondarkness@hotmail.com

Entrevista com Marlon Darkness da banda Deterion:

Fale um pouco a respeito do começo do Deterion e sua formação?

Na verdade eu sempre tive a intenção de fazer um projeto digamos, meu, tentei isso sem sucesso em Itaúna e chegando a Nova Serrana há oito anos, onde eu tenho uma loja de tattoo e piercing eu senti essa necessidade, tanto pela carência regional, quanto pela continuidade em meu projeto sempre fixo em minha mente, eu afixei um cartaz na loja que dizia precisar de guitarrista e baterista, no começo apareceram alguns interessados, mais que de death metal e musicalidade não tinha nada, nem sequer sabiam o que era isso, eu sou de Belo Horizonte e estou nesse meio a 20 anos, sempre fui vocalista e não tocava nenhum tipo de instrumento, resolvi que assumiria o baixo, e nesse meio tempo passei muita raiva, tentando dar prosseguimento com a banda, muito nego sem noção e muito cara que só queria ter uma banda, puser sem compromisso e nenhum interesse a não ser encher o saco, saídas eram constantes, e a minha dificuldade pra conciliar o baixo e o vocal eram extremamente difíceis pra mim, já que a composição de quase toda a demo é minha, assim como as letras, o pouco que sei aprendi sozinho e no peito, já no começo de 2009 eu conheci o Diego que é nosso atual baterista que se familiarizou com a idéia de fazer Death Metal, começamos a compor algumas coisas sozinhos e logo em seguida o Diego trouxe pra banda o Adriano, que deu vida as guitarras, estava formado o Deterion, começamos a compor fizemos alguns shows dentre eles abrimos pro Calvary Death em Araxá, em Belo Horizonte e Divinópolis e temos tido um reconhecimento inesperado por parte do meio Underground que nos incentiva a cada dia a continuar nossa trajetória, como sempre digo na medida do possível mais veloz, brutal e agressivo.

Quais os termos abordados nas letras do Deterion e qual a postura diante do underground?

Eu não gosto de política, porque em qualquer boteco vc escuta alguém falar sobre isso e ninguém toma uma atitude concreta, vc vê bandas à mídia e toda a população falar sobre isso e as atitudes são ridículas, então prefiro falar sobre coisas que poucas pessoas têm conhecimento e prefere manter subliminarmente bem guardadas, uma delas é a religião que castra o ser humano desde a sua concepção, e o desencoraja a raciocinar, o catolicismo assim como toda doutrina monoteísta é tão prejudicial quanto o sistema, pois ela age no subconsciente da pessoa, mentindo e manipulando por séculos afim, outro tema abordado é falar abertamente sobre o lado negro do ser humano, egoísmo, fanatismo, inveja e assassino que existe em todo ser humano, nossa postura diante do underground é apenas a honestidade, se vc é honesto para com seus ideais será uma pessoa de honra, nós fazemos o que achamos certo e não porque fulano ou sicrano acha, o resto que se foda.

Quais suas perspectivas para o futuro da Banda?

Nunca tive a pretensão de viver de metal, nem de ser a banda mais rápida do mundo, ou melhor, e mais brutal que a banda do fulano ou cicrano isso sempre foi natural e um hobbie pra mim que me fazia sentir bem, claro teve bandas que me inspirei e uma delas foi o krisiun, obituary enfim, mais com a minha volta pra esse mundo, vi que muitas coisas mudaram, na minha época não tinha internet, o contato era través de cartas, a divulgação era entre demos de péssima qualidade distribuídas nas portas de shows com flyers xerocados, muitas vezes feitos a mão ou máquina de escrever, gravar um single então numa gravadora era uma dádiva pra poucos, me lembro de ver na época em que estava numa banda de BH, na porta do Blue Banana, hoje Lapa, bandas como: Eminence, distribuindo suas demos e pedindo que os arranjasse algum show, hoje os caras são conhecidos na Europa, já tocamos com o nervochaos, num lugar onde não cabia nem a banda direito, rs. Hoje com a globalização e interatividade maior, bandas com 3 a 5 anos estão a fazer turnês, européias, enfim vc com algum dinheiro grava um cd com uma qualidade razoável e o mercado Europeu e Norte Americano estão sempre abertos a novas bandas, assim como o público aumentou muito e a informação hoje é extremamente mais fácil, portanto se vc quer alguma projeção no meio tem que ralar e torcer pra seu trabalho se sobressaia, porque a competitividade aumentou também, porque as bandas estão cada vez mais absurdas tecnicamente e afiadas como uma navalha e nosso underground brasileiro não deve nem nunca deveu em nada pros gringos, mesmo com nossa precariedade e falta de grana e aparelhagem decente, esse é o objetivo do Deterion em 2012, fazer muito barulho.

Quais as suas considerações?

Bom, eu gostaria de agradecer ao Marcial pela oportunidade única em poder estar divulgando nosso trabalho, com muita humildade e honestidade, já que somos uma banda remanescente no underground e dizer que estamos trabalhando para que o reconhecimento venha naturalmente sem ser forçado, comprado ou por meio de bajulações, respeito às bandas grandes pelo seu caminho árduo percorrido até aqui e não menosprezo todo o esforço pra que eles alcançassem o merecido destaque, mais não abaixamos a cabeça pra ninguém, e continuamos nosso caminho olhando pra cima seja qual for à situação, no mais agradeço ao grande Alexandre do Madness de São Paulo que tem sempre nos dado uma força, ao grande Wesley do Mortifer Rage, Marcial e banda Mortágora, ao Flávio e Necrobiotic, por nos dar a honra de dividir o palco com o grande Divine Death em Divinópolis, Thompson e Rádio Holocausto, valeu a todos que contribuem pra sejamos

Fortes.